Distração
"Se você não se distrai o amor não chega, a sua música não toca, o acaso vira espera e sufoca, a alegria vira ansiedade, e quebra o encanto doce de te surpreender de verdade."
Christiaan Oyens e Zélia Duncan
Lata dágua na cabeça, lá vai Maria, lá vai Mariiiiiiiiiiiiiiia!
"Se você não se distrai o amor não chega, a sua música não toca, o acaso vira espera e sufoca, a alegria vira ansiedade, e quebra o encanto doce de te surpreender de verdade."
Christiaan Oyens e Zélia Duncan
Segredo é algo que todo mundo sabe, você sabe que todo mundo sabe, mas você não conta pra ninguém.
"Together we're invincible!"
Pra variar estou num momento complicado na minha vida. E queria agradecer a todo mundo que tá me ajudando nesse momento, vocês sabem quem são... são as pessoas que me abraçam e me acalmam sempre que podem, e as que me abraçam mesmo que virtualmente... obrigado mesmo!
Da série... Grandes Questões da Humanidade, Posts Com Mais de Cinco Linhas
Por Thiago às 19:13
Interlocutor: Eu tive que várias vezes esse episódio pra descobrir que tem uma iguana.
Eu: Aquele pedaço de pau ali?
Interlocutor: Será que Nugget transparente dá jeito?
Eu: Quê? Nuggets?
Interlocutor: Não! Aquele de passar no calçado!
Eu: Aaaaaaaaaahhhhhhhh bão!
Interlocutor: Vou escurecer o cabelo.
Eu: Ah, fica bonito assim como está pra você.
Outro Interlocutor: É que ela acha que tá com cara de vassoura.
(no dia seguinte)
Interlocutor: Só espera um pouquinho que eu vou pentear o meu cabelo... hoje eu tô me sentindo (rindo) com cara de vassoura...
Eu prometi visitá-la sempre que possível. Ela morava na mesma cidade de uns tios meus. Era meio longe, mas eu poderia aproveitar para cumprir minha promessa toda vez que fosse na casa dos meus tios. É claro que com o que eu ganhava ficava difícil e eu só podia viajar pra tão longe uma vez ao ano.
Nós nos conhecemos de uma maneira bastante inusitada. Por causa de uma aposta que fiz com alguns amigos e acabei perdendo, tive que pagar o preço. E o preço era fazer uma ligação interurbana, para outro estado, para um número totalmente desconhecido. Ou seja, passar um trote. Mas tinha que ser um trote categórico. Eu deveria conversar por pelo menos dois minutos com o alguém do outro lado. Sobre o quê? Bem, isso era problema meu. E aliás, um grande problema.
Acho que tentei umas vinte vezes e sempre a telefonista dizia que o telefone não existia e que eu deveria consultar a lista telefônica. De repente me veio a idéia de discar para meu próprio número, apenas com o código da cidade diferente. E funcionou, por incrível que pareça.
Não lembro muito bem o que disse, mas lembro perfeitamente o que ouvi. Infelizmente não posso contar, pois denigre muito a minha própria pessoa. Mas garanto que não era coisa boa. E é óbvio que todos os meus amigos riram de mim. Mas pelo menos eu já tinha cumprido a minha dívida de apostador fracassado.
E ela era o alguém a quem eu tinha passado o trote. Mas como eu ainda não sabia disso, resolvi usar da honestidade que ainda me restava, e quando cheguei em casa, sem perceber, já estava com o telefone na mão, discando o número dela.
Realmente foi uma ação involuntária telefonar. Mas pela primeira vez, hesitei em apertar os últimos dígitos. Devolvi o telefone ao gancho e me sentei ao lado dele, observando-o. E fitei o aparelho durante minutos a fio, sem reação nem pensamento.
Mas eu precisava falar com ela, pedir desculpas pelo trote. Acabei telefonando assim mesmo.
Foram três toques até que alguém atendeu. Mas não era ela. Parecia ser a voz de uma garotinha, talvez uns cinco ou seis anos. Perguntei se poderia falar com sua mãe, para quem ela passou o telefone. Mas também não era ela. Apesar de parecer a voz de uma mulher, com seus vinte e muitos, eu sabia que não era ela.
Provavelmente a mulher com quem eu falava não sabia do trote. Mas a minha única saída foi falar sobre o assunto. E, para minha grande sorte, ela disse que não sabia de nada, tinha chegado há pouco tempo e que era a filha da dona do telefone. Pedi que a chamasse.
E finalmente consegui falar com ela. Expliquei o motivo do trote, as cirunstâncias, e ela pediu desculpas por ter sido agressiva. E eu também pedi desculpas por ter escolhido justamente o número dela. E ficamos nos desculpando. Então ela pediu se eu queria mais alguma coisa.
Essa pergunta foi verdadeiramente pura conveniência. Era um pretexto, quem sabe eu parasse de tomar tempo. E novamente uma ação involuntária minha disse que sim. E também involuntariamente comecei a perguntar. Sobre tudo e qualquer coisa. Descobri que ela se chamava Marieta, que morava na mesma cidade dos meus tios, que tinha uma lanchonete nas margens da BR e que já era avó.
Ela descobriu a coincidência dos nossos telefones, onde eu morava, meu nome, que curso eu fazia, etc.
Acabamos ficando um pouco amigos. Acho que ela também teve a mesma impressão.
E no outro dia, ela ligou pra mim pela noite. Fiquei tão surpreso. Assim que ela disse "Alô" eu reconheci a voz. E ficamos conversando até tarde da madrugada. No dia seguinte até perdi a hora por causa do sono atrasado.
E de noite eu liguei para ela e tudo aconteceu de novo.
Por dias, semanas nos telefonávamos diariamente. Era o início de uma grande amizade. Comecei a chamá-la de Mamma. E ela começou a me chamar de Ninno.
Foi aí que eu prometi visitá-la sempre que possível. Não lembro bem ao certo quando foi a primeira vez que fui vê-la pessoalmente. Sei que disse a todo mundo que estaria indo tirar férias na casa de um tio meu. E era meio verdade, afinal, eu fui mesmo na casa dele. Mas é óbvio que eu passei bem mais tempo na casa da Mamma.
Ela não tinha cara de avó. Até achei engraçado quando descobri pelo telefone que ela era avó com apenas quarenta e seis anos. Achei tantas outras coisas engraçadas e ela também e ficamos conversando os dias todos, desde o acordar até a hora de dormir.
Infelizmente tive que voltar pra casa, mas continuamos a nos falar sempre por telefone. E anualmente eu a visitava.
Mas sabe como a vida é traiçoeira. Por mais que encontremos alguém assim, maravilhoso, ela, a vida, se encarrega de estragar tudo.
E tudo começou a ruir quando, por motivos financeiros, afinal gastávamos duzentos ou mais em interurbanos conversando, paramos de telefonar diariamente. Era uma vez por semana, depois uma vez por mês.
A inflação subiu, e com ela os preços. E o meu salário estava praticamente congelado. Tive que cortar despesas para poder sobreviver. E foi ficando tudo difícil.
Apareceu um candidato à presidência que prometeu mundos e fundos. Eu também votei nele. E no fim das contas, ele levou embora o que me restava com aquele confisco.
Sem casa, sem carro, sem dinheiro, literalmente roubado. O que ainda me restava era o meu emprego. Pois foi o que perdi. E a esperança, que é a última que morre, estava na UTI, em coma. Quase morreu.
Mas eu ergui a cabeça, vendi alguns pertences e telefonei para Mamma, avisando que a minha última chance era viver ao seu lado, na lanchonete.
Eu quis avisar que estava me mudando pra lá, mas não foi Mamma que atendeu. Foi minha "irmã". Ela disse que, por mais triste que fosse, eu deveria aguentar firme. Mamma adoecera e seus cinquenta e poucos anos estavam se indo.
Minha esperança morreu exatamente naquele momento. Deixei o telefone escorregar da mão e ali mesmo, no telefone público, tive um ataque cardíaco.
Me levaram para o hospital, mas infelizmente, não consegui. Passei a ser um cadáver e minha alma veio sentar-se onde estou agora. Acabei descobrindo que morrer não é tão ruim assim. O céu não é só uma promessa.
Daqui de cima, fiz o que pude e consegui salvar a vida de Mamma. Ela ficou inconformada com o que me acontecera, se culpou para sempre.
Me tornei meio-anjo e apareci num sonho dela, dizendo que cada um tem uma missão e que a minha era fazê-la feliz. Acho que ela entendeu, tirou o luto.
Tempo depois, me tornei um anjo de verdade, um anjo da guarda. Passei a cuidar de Mamma, a zelar por sua vida.
Hoje ela completa setenta e três anos. E fiquei feliz em saber que ela mudará aqui pra cima em poucos meses. Vai ser a primeira vez que ela vem me visitar.
Vindo pra minha casa tem uma grande sebe de uma grande fábrica. E volta e meia eu cumprimento as plantinhas da sebe, venho passando a mão do começo até o final da sebe.
Hoje fiz isso, e quando cheguei em casa, adivinha... a ponta dos dedos estava verde.
E hoje o ClickÁrvore me mandou um email dizendo que eu fui um dos ganhadores do mês, entre os plantadores com maior número de árvores plantadas em março. Fiquei muito feliz, meu prêmio vai ser uma camiseta e um boné da campanha.
Pretendo desfilar com a campanha pela faculdade e tudo, pra ver se mais e mais pessoas resolvem plantar árvores como eu, afinal, é um gesto que não custa nada, e faz bem para a natureza, e conseqüentemente para você mesmo.
Hoje fiz minha primeira aula de pilotagem de moto.
Derrubei só três cones, saí da pista só umas cinco vezes e deixei a moto morrer umas dez, então minha aula foi um sucesso!
Consegui até fazer aquele ziguezague em volta dos cones! Tá bom que foi meio desastroso, mas pra primeiro dia, né.
Amanhã tenho mais uma aula. Vocês religiosos, rezem pelos cones.
Receita da minha irmã:
Ingredientes:
- Pão
Modo de fazer:
- Tire a dentadura da sua avó e dê o pão para ela mastigar por uma semana. Dali a uma semana, vai haver só amido.
PS: Essa receita é duvidosa, não foi testada ainda.
Interlocutor: Outro dia minha prima falou "Esse Thiago é gente boa, foi o único que nao te xingou nos depoimentos"
Interlocutor: Tipo como se eu me importasse com isso, sabe?
(momentos depois)
Interlocutor: Tô puta!
Eu: Você é puta!
Interlocutor: Vou dar um print screen e mandar pras minhas primas.
(momentos depois)
Interlocutor: Muito bom!
Eu: Obrigado, eu sei que eu sou gostoso.
Interlocutor: Não.
(editado)
Vamos consertar essa barriga, senhor sola?
PS: Chaves agora está passando às 12:55 do sábado no SBT